No mês de novembro é consagrado à Consciência Negra e do feriado no dia 20 em muitos municípios e estados em memória do líder Zumbi e do Quilombo dos Palmares. Passados 128 anos da abolição formal da escravatura, seu triste legado persiste na desigualdade socioeconômica, no preconceito racial e no desprezo à herança cultural negra, apesar da contribuição dos negros às artes, culinária, religião e em muitas outras dimensões fundamentais à cultura brasileira.
No passado os negros e as negras eram privados legalmente do acesso a terra, crédito e educação. Hoje são mais de 80% dos pobres rurais e a maioria dos sem-terras, dos posseiros e dos boias-frias e principais vítimas do trabalho análogo à escravidão. E ainda minoria nos postos de maior qualificação e remuneração e o perfil majoritário dos vitimados pelo assédio moral e sexual.
A ASSEMDA defende que a SEAD (ex-MDA) - de maneira conjunta entre os servidores e gestores - deve internamente organizar celebrações e debater o tema - aproveitando inclusive que em seu organograma há uma área para as comunidades tradicionais e quilombolas - para a elaboração de políticas públicas efetivas que contribuam para o fim do racismo e desigualdade social étnico-racial no campo brasileiro e em nosso ambiente de trabalho.
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