Abaixo segue ofício enviado às direções da CNASI e ASSINAGRO.
ASSOCIAÇÃO
NACIONAL DOS SERVIDORES DO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
OFÍCIO
S/N
Brasília,
11 de setembro de 2012.
PARA:
Direções da CNASI e ASSINAGRO
Assunto:
Continuidade
das ações unitárias das entidades representativas dos servidores
do INCRA e MDA
Prezados/as
diretores/as da CNASI e ASSINAGRO,
A
unidade dos trabalhadores se constrói na luta. E a campanha salarial
desse ano, vitoriosa politicamente, nos trouxe esse ensinamento.
Quando as duas categorias de trabalhadores presentes em nossos órgãos
se juntaram – servidores do INCRA e MDA – conseguimos pautar
fortemente o sociedade e o governo; ainda que o resultado final das
negociações não tenha sido o que esperávamos. Mas é de se
reconhecer que em nossa campanha salarial pautamos fortemente a
imprensa, pautamos os parlamentares, pautamos a esfera governamental
que teve que reconhecer a disparidade salarial existente, pautamos os
movimentos sociais do campo, pautamos os servidores do órgão que
sentiram confiantes em entrar no movimento paredista e construir uma
das greves mais fortes do executivo federal.
O
divisionismo, que foi uma das marcas de atuação do movimento
reivindicatório em nossos órgãos no último período, ficou para
trás. A rejeição a perspectiva de consolidação de uma luta
unificada e geral dos servidores do INCRA e MDA deu a tônica no
debate organizativo recente. Muitos preferiram se isolar, na
esperança de que assim conseguiriam melhores acordos. Porém,
diferentemente do discurso que o apoiou, o divisionismo não denotou
qualquer vantagem comparativa. Conformou apenas uma espécie de
impaciência artificial, uma falta de confiança política que
produziu pouco ou nenhum resultado prático para os servidores do
INCRA e MDA.
Juntos
somos e fomos mais fortes. E nessa perspectiva é que devemos traçar
o nosso futuro. A disposição de luta dos servidores existe, a nossa
causa é justa, porém, as conquistas decorrentes da luta não virão
somente da disposição ou da justeza da luta, será necessário às
associações do órgão promoverem movimentações de cunho
estratégico, prepararem os próximos movimentos e vencermos as
dificuldades internas.
E
como consequência das movimentações realizadas em torno da
campanha salarial, por diversas vezes, sentimos a necessidade
palpitante de ampliarmos a discussão. A questão da CARREIRA se
tornou um tema candente para avançarmos na luta. E por não
firmarmos coletivamente posição anterior com relação a questão,
este foi um empecilho encontrado em diversos momentos na negociação.
Enquanto
Associação Nacional dos Servidores do MDA (ASSEMDA) acreditamos que
questão da CARREIRA é ponto chave a ser debatido no próximo
período pela base das três associações (ASSEMDA, CNASI e
ASSINAGRO). Este debate é essencial tanto em termos de estratégia
de movimento sindical, quanto em termos de atuação laboral em
nossos órgãos. Pois o MDA e o INCRA, apesar de comporem uma única
entidade estatal – administração direta e autarquia – nunca
conseguiram consolidar uma perspectiva unificada de trabalho, tendo
em diversas questões sobreposição ou mesmo conflito de atuações.
É preciso superarmos essa barreira e promovermos a interação entre
os órgãos, um passo essencial para recolocarmos a questão agrária
e a agricultura familiar no centro do debate nacional.
Por
isso convidamos os servidores filiados a CNASI e a ASSINAGRO a
enveredarmos na discussão conjunta sobre a questão da CARREIRA.
Construirmos perspectivas internas, traçando objetivos comuns,
condições e passos do conjunto dos servidores para avançarmos no
tema.
Por
fim, lembro aos companheiros de que o termo de acordo firmado entre o
governo e a CONDSEF prevê que os planos de carreira específicos
(tais como Arquivo Nacional, Funai, Incra, HFA, AGU e DPU) teriam uma
agenda de reuniões a ser definida já nos próximos dias.
Perspectiva que foi reiterada pelo governo na última reunião com a
representação dos servidores. Lembro também que a direção do MDA
em julho sinalizou com a necessidade de discussão em torno das
carreiras, em decorrência da grande evasão de servidores e das
distorções existentes em órgãos assemelhados no executivo. Diz a
Nota Técnica, datada de 25 de julho, “Para
solucionar essas distorções será necessário estruturar uma
carreira própria ou integrar as carreiras existentes através de um
Plano Especial de Cargos a exemplo do que foi feito no MMA e IBAMA”.
Certos
de que considerarão a proposta levantada e a levarão às bases de
servidores, antecipamos nossos agradecimentos e aguardamos retorno
das entidades.
Atenciosamente,
Direção
Nacional da ASSEMDA
4 comentários:
espero que nos excedentes , do primeiro concurso do MDA sejamos lembrados e aproveitados antes que o concurso expire
Os excedentes esperam que a luta pelas nomeações dos aprovados no concurso MDA 2008 também continue. Não esqueçam da gente.Abraços
Se nao conseguiram nada durante a greve dificilmente serão ouvidos agora. Esse ministerio parece que nem existe para os politicos, só serve para pendurar indicados.
Pergunta?
Se o MDA tem em torno de mil funcionários e menos de 150 são efetivos, por que os concursados aprovados e homologados não são convocados?
Se já existem excedentes aptos a serem convocados por que um novo concurso?
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