Caravanas vieram de todo o país. Aos poucos, desde cedo, chegavam trabalhadores, estudantes de diversos estados e se encontravam com os servidores federais que já estavam acampados em Brasília no “Acampamento da Greve”.
A manifestação saiu às 9h da Catedral e aumentava a cada ponto que parava para reunir cerca de 10 mil participantes nas ruas capital federal.
Esta não foi uma manifestação somente dos servidores públicos federais em greve. Metalúrgicos de São José dos Campos, professores de Minas Gerais, estudantes em greve e também representação do Ministério Público do Rio Grande do Sul estavam presentes. Assim como estavam presentes as centrais sindicais CSP-Conlutas, CUT e CTB. Foi um movimento de solidariedade à greve dos servidores.
O primeiro grande protesto foi em frente ao Palácio do Planalto.
Depois de bloquear as seis faixas na Esplanada dos Ministérios, no trecho entre a Catedral até o Congresso Nacional, a marcha interditou o outro lado do Eixo Monumental.
A manifestação parou frente ao Ministério do Planejamento e bloqueou a entrada e a saída do Ministério, exigindo uma resposta da ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
De acordo com o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Zé Maria de Almeida, o governo demonstrou mais uma vez sua intransigência e falta de compromisso com os serviços públicos e com os servidores públicos. “O governo não negocia e alega que não há recursos para o setor público, mas direciona a maior parte da verba do PIB (Produto Interno Bruto) para os banqueiros, com o pagamento dos juros das dívidas, e para as indústrias, por meio da isenção de impostos, entre outros benefícios”, salienta Zé Maria.
2 de agosto – As três centrais sindicais presentes na manifestação convocaram um Dia Nacional de Lutas para 2 de agosto próximo em apoio à greve dos servidores públicos federais.
“Essa manifestação de hoje, além de mostrar que os servidores públicos federais estão dispostos a levar essa luta em frente para quebrar a intransigência do governo, também nos permitiu dar um passo a frente com a convocação do Dia nacional de Lutas em 2 de agosto”, destacou Zé Maria.
O Dia Nacional de Luta, em 2 de agosto, convocado pela CSP-Conlutas, CUT e CTB, pretende ser uma grande manifestação de solidariedade à greve dos servidores e exigir que o governo Dilma negocie em direção ao atendimento das reivindicações da categoria, que vem sofrendo há mais dez anos com os ataques recorrentes dos governos Lula e FHC numa demonstração de descaso com os serviços públicos no país.
Da Redação
Foto: Lara Tapety
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