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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Por valorização e direitos, servidores voltam a se unir em dia nacional de lutas nessa quinta

Servidores federais se preparam a greve geral na Copa. Várias carreiras já estão paradas.
Confira calendário de atividades da Condsef

Servidores do Incra e MDA participando da Marcha Nacional
dos Servidores Públicos em Brasília do dia 07/05
Depois da vitoriosa Marcha Nacional dos Servidores Públicos em Brasília e da Caravana da Educação, realizada na semana passada, o funcionalismo público feral se preparam para as próximas lutas. Nesta quinta-feira, 15, os servidores federais promovem mais um Dia Nacional de Lutas em todo o Brasil. 

A luta dos trabalhadores públicos é pela manutenção de direitos e valorização da força de trabalho da categoria que inclui a realização de concursos para recompor a força de trabalho no setor. É preciso que o Estado dê a atenção necessária às reivindicações apresentadas pelos servidores que nada mais são do que a cobrança pelo investimento adequado do dinheiro público em serviços essenciais à população que paga impostos.

Entre as atividades de pressão previstas está também um ato no próximo dia 29 em frente ao Palácio do Planalto. O objetivo é conseguir uma audiência com a presidente que já recebeu diversos representantes da classe trabalhadora, mas nunca recebeu representantes dos servidores públicos federais para tratar especificamente a pauta do setor.

Os servidores seguem apostando no diálogo, mas reforçam a mobilização em torno de sua pauta. Além de cobrar o cumprimento de itens pendentes e firmados em acordo, os servidores mantêm como uma de suas prioridades a necessidade de antecipação da parcela de reajuste prevista para 2015; um pleito baseado em estudo feito pela subseção do Dieese na Condsef que mostra que a previsão da inflação superou o que o governo previa para o período. Mesmo com a negativa do Planejamento, a busca por reajuste de benefícios para o Executivo, como o auxílio-alimentação e saúde suplementar, também estão na pauta do conjunto dos federais.

Se quiserem lutar por avanços nos processos de negociação com o governo, os servidores devem acompanhar o calendário de atividades proposto em defesa da categoria e dos serviços públicos (veja no final do artigo). O objetivo é intensificar as pressões junto ao governo para conquistar avanços nas negociações que seguem estagnadas.

Servidores preparam greve geral na Copa - Os servidores das universidades federais e técnicos e docentes dos Institutos Federais já estão em greve, os funcionários do Ministério da Cultura iniciaram a greve nesta semana e o mesmo deve acontecer em vários estados na Justiça Federal, Trabalho e Eleitoral.

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), que representa mais de 340 mil servidores em todo o país, promete parar sua base no dia 10 de junho, dois dias antes do jogo inaugural da Copa do Mundo entre Brasil e Croácia. A entrada dos setores representados pela entidade aponta para a realização de uma ampla mobilização e se configura em uma verdadeira greve geral no funcionalismo federal, a exemplo do que já aconteceu em 2012.

A decisão sobre a paralisação dos segmentos funcionalismo federal, organizados pela Condsef, será definida no dia 30 de maio em Plenária Deliberativa da Confederação.

Caso a greve se efetue, nos aeroportos, nos portos e nas rodovias, policiais federais e auditores da Receita Federal, por exemplo, deixarão de controlar o acesso de turistas estrangeiros e de bagagens.

Com a greve dos servidores da Cultura,  locais como museus, monumentos históricos e outros pontos turísticos poderão ficar fechados no período da Copa do Mundo.

Até o presente momento, apesar da forte greve nas bases do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas (Fasubra), o governo federal mostra-se intransigência diante das reivindicações dos servidores.

De acordo com a Condsef, os servidores querem que a terceira parcela do reajuste de 5%, prevista para janeiro de 2015, seja antecipada para este ano. Em 2012, governo e funcionários acordaram aumento de 15%, dividido em três anos, a partir de 2013.

Os servidores reivindicam também aumento de benefícios para diversas categorias, como auxílio-alimentação, e o cumprimento de acordos assinados em 2012, e exigem a regulamentação da convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para garantir uma data-base para a categoria e o direito a negociação coletiva para todos os trabalhadores.

A ordem do Planalto para as demais pastas é de frear qualquer proposta ou projeto com impacto fiscal, para fazer um superávit primário, que é a economia que o governo faz para pagar juros da dívida publica, ou seja, dar dinheiro para os banqueiros.

Outra medidas - As entidades representativas do funcionalismo público também estão fazendo pressão no Congresso Nacional. Exigem dos parlamentares  a inclusão no Orçamento de 2015 de verbas que incluam o reajuste dos servidores.

Confira o calendário de atividades definidos pela Condsef:
  • 12 a 30/05 – Assembleias nos estados para deliberar greve por tempo indeterminado 
  • 15/05 – Dia nacional de lutas em todo Brasil 
  • 16/05 - Ato dos servidores da Cultura em frente ao Museu Nacional de Brasília 
  • 20/05 – Reunião do fórum nacional dos federais para discutir fortalecimento do processo de mobilização 
  • 29/05 – Reunião do CDE da Condsef 
  • 29/05 – Ato em frente ao Palácio do Planalto para cobrar uma audiência com a presidente Dilma Rousseff
  • 30/05 – Plenária nacional da Condsef 
  • 12/06 – Atos nos estados, principalmente nas cidades que vão sediar jogos da Copa
Fonte: Condsef e CSP-Conlutas

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