As servidoras e os servidores do MDA em seu primeiro dia de greve nacional realizaram atividades em Brasília e nos estados em conjunto com os servidores do INCRA. O objetivo do movimento é a inclusão pelo governo Dilma no projeto de Lei Orçamentária para 2016 dos recursos necessários para implementar a reestruturação salarial das carreiras do MDA/INCRA, contida no Aviso Ministerial nº 107/2015 assinada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário Patrus Ananias ao Ministério do Planejamento (MPOG), responsável pelas negociações salariais dos servidores federais.
Apesar da importância social e estratégica da Reforma Agrária, do desenvolvimento territorial rural e do apoio à agricultura familiar, a categoria MDA/INCRA recebe o mais baixo salário na Administração Federal e o orçamento dos dois órgãos foi um dos que mais sofreu cortes com o ajuste fiscal implementado pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy. A defasagem salarial com carreiras de órgãos com atribuições assemelhadas gira no mínimo em 40%, sendo responsável pelo baixo contingente de pessoal e alta evasão, o que contribuí para baixa efetividade das políticas públicas agrárias e consequente caos fundiário, violência no campo, manutenção da pobreza rural e inflação dos alimentos.
Em Brasília, houve café da manhã com piquete de convencimento e esclarecimento seguida de uma plenária para decidir pelas demais atividades do restante da semana (Veja mais fotos ao final). O objetivo foi convencer os colegas que ainda não aderiram e esclarecer os demais segmentos dos trabalhadores dos dois órgãos (terceirizados, comissionados, estagiários e consultores) e população atendida da importância da greve.
Pelos estados houveram várias atividades - ainda pela manhã dez novas assembleias regionais do INCRA debatendo pela adesão à greve (veja notícias no site da CNASI). Enquanto que os servidores do MDA pararam pelas delegacias federais do desenvolvimento agrário (DFDAs), mesmo em estados que o INCRA ainda não aderiu, e enviando comunicados as entidades conveniadas e contratadas que as fiscalização e pagamentos pelos serviços estarão suspensos ou temporariamente prejudicados.
Pelos estados houveram várias atividades - ainda pela manhã dez novas assembleias regionais do INCRA debatendo pela adesão à greve (veja notícias no site da CNASI). Enquanto que os servidores do MDA pararam pelas delegacias federais do desenvolvimento agrário (DFDAs), mesmo em estados que o INCRA ainda não aderiu, e enviando comunicados as entidades conveniadas e contratadas que as fiscalização e pagamentos pelos serviços estarão suspensos ou temporariamente prejudicados.
Com a inflação desse ano girando a casa de 10% e a insatisfação generalizada se ampliando, e apesar do pouco espaço às notícias na mídia empresarial, as greves e mobilizações dos servidores públicos federais a cada dia ampliam. Além dos servidores do MDA e da maioria das regionais INCRA, também estão em greve os do judiciário da União, do INSS e previdência, docentes e técnicos-administrativos das universidades e institutos federais e do Ministério do Trabalho. Contudo, os representantes do governo insistem apenas com um reajuste linear de 21,3% em quatro parcelas anuais até 2019, que não repõe a inflação passada e a futura esperada e sem espaço para negociar reestruturação de carreiras.
Foi deliberado na plenária do piquete de Brasília a realização de vigílias, inclusive na sede do gabinete do ministro, e participação em atividades conjuntas, como na Marcha Nacional dos SPFs na cidade na quinta-feira, 27/8. Nos demais estados estão programadas atividades com outros órgãos em greve ou mobilização.
Atualizado às 14h14
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