Começou nesta quarta-feira, 22/07, greve por tempo indeterminado dos servidores das unidades regionais do (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), no estado de São Paulo, entram em greve por tempo indeterminado.
A iniciativa, que faz parte da Campanha Salarial Unificada dos Servidores Públicos Federais, tem como objetivo pressionar o Governo Federal a apresentar uma proposta salarial digna e a destinar recursos visando a valorização dos servidores e do serviço público federal.
Antes de decidir pelo movimento paredista, outras ações foram adotadas com o objetivo de estabelecer uma negociação efetiva com os representantes do governo e dar visibilidade a situação enfrentada pelos servidores, que há anos vem sofrendo com o sucateamento do Instituto.
Os servidores realizaram duas paralisações de 24 horas - nos dias 25/06 e 14/07. Outro destaque, foi uma panfletagem denunciando as contradições entre o discurso e os reais gastos do governo Dilma com reforma agrária e agronegócio.
Segundo dados do próprio Incra, o governo Dilma assentou apenas 107.354 famílias de 2011 a 2014. O menor índice dos últimos 20 anos!
O total de área incorporada para a reforma agraria no governo Dilma também é bem menor que nos governos anteriores. Foram 2,9 milhões de hectares de terra em quatro anos, ou seja, apenas um terço da quantidade arrecadada no segundo governo FHC, até então com o pior índice.
Apesar de alardear que aumentou os investimentos para o setor, a verdade é que na prática o governo libera quase SETE vezes mais recursos para o Agronegócio que para a Agricultura Familiar.
Só este ano, o INCRA e o MDA sofreram um corte orçamentário da ordem de 50%! Já para o mercado financeiro não falta dinheiro: em 2015 já foram pagos, em formas de juros, quase 150 bilhões de reais, mais de OITENTA VEZES o orçamento de INCRA e MDA, que é de 1,8 bilhão de reais.
O resultado é um órgão desestruturado, sem condições de trabalho e sem recursos até para o funcionamento de sua sede.
Diante deste cenário, servidores de estados como Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Tocantins também já aprovaram indicativo de greve.
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