Valorizar os servidores do Ministério do Desenvolvimento Agrário é valorizar a reforma agrária, a agricultura familiar e o desenvolvimento rural sustentável e solidário!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Nota sobre a questão das consultorias

 
Ontem (10 de maio) foram publicados mais 21 contratos de consultores da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), sendo que em muitos deles os valores ultrapassam o montante de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Valor que um servidor efetivo do MDA precisaria trabalhar quase 3 anos seguidos para conseguir.

Infelizmente a Administração ainda aposta na precarização do trabalho como forma de recompor a força de trabalho necessária ao órgão. É recorrente e de conhecimento público, que os consultores contratados pelo MDA realizam atividades rotineiras da Administração Pública (atividades destinadas a servidores públicos). O que é vedado pela lei.

No órgão, ante a falta de servidores, os postos de trabalho são precariamente preenchidos por agentes públicos irregulares. Comprometendo as próprias atividades permanentes da instituição, devido ao seu vício de origem.

Além do que, estes agentes não possuem os direitos básicos trabalhistas da função que desempenham: não possuem férias, 13º salário ou proteção sindical. Suas jornadas de trabalho constantemente excedem ao previsto pela lei trabalhista. E apesar das suas remunerações excederem a dos servidores efetivos, são trabalhadores precarizados.

Quanto ao governo, não há justificativa plausível para nunca se ter realizado um concurso amplo e estruturante do MDA, haja vista a importância do ministério para o desenvolvimento econômico brasileiro e para a erradicação da miséria.

E muito embora o foco das mobilizações dos servidores do MDA neste ano ser em torno das questões salariais, nós não nos esquecemos do tema das consultorias. E entre as nossas pautas da Campanha Salarial a ser discutida com o governo está a questão da estruturação do órgão, através de concursos públicos.

Esperamos que a Administração do MDA se some a luta dos servidores, se fazendo presente nas mesas de negociação com o centro do governo e fornecendo dados sobre o quantitativo de servidores necessários para estruturação do órgão.

A luta por concursos públicos é justa e será necessário buscarmos forças que tenham interesses convergentes na questão. Estamos abertos ao diálogo e buscaremos parceiras, mas não aceitaremos a perpetuação de um modelo de gestão torto e defeituoso. A agricultura familiar merece mais do que isso.

É preciso lutarmos pela estruturação dos órgãos agrários!


Direção ASSEMDA

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