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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Paralisações no Incra e MDA já são rotina toda segunda-feira pelo Brasil


PARALISAÇÕES NO INCRA E MDA JÁ SÃO ROTINA TODA SEGUNDA-FEIRA PELO BRASIL

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Ter, 29 de Maio de 2012 20:12
IMG_4198_2Novamente nesta segunda-feira (28/05) os servidores do Incra e MDA voltaram a exigir do governo o atendimento de suas reivindicações durante as mobilizações e paralisações que os profissionais realizaram em diversos estados. Entre estas reivindicações estão: a recomposição do quadro de pessoal com a realização de concurso público e convocação de aprovados; e melhoria dos padrões remunerativos dos profissionais dos órgãos.
Embora algumas associações de servidores do Incra e as representações locais da Assinagro e AsseMDA tenham deliberado por paralisarem as atividades somente no dia 31 de maio de 2012 – quando haverá em Brasília mais uma reunião com o Ministério do Planajemento, Orçamento e Gestão (MPOG) para tratar das reivindicações dos profissionais dos dois órgão –, o movimento nesta segunda-feira foi muito forte em diversos estados. No dia 31 de maio os servidores ficarão em vigília pelo País à espera do resultado da reunião, que acontecerá em Brasília. Integrantes das direções da Cnasi, Assinagro e AsseMDA, bem como representantes de algumas superintendências regionais participarão da reunião na qual pode ser apresentado atendimento das reivindicações dos servidores do Incra e MDA.


 Esta segunda-feira em Brasília, os servidores da Sede e da SR-28 paralisaram completamente as atividades das duas unidades da autarquia. Na Sede do Incra os servidores da autarquia (técnicos, analistas e agrônomos) e do ministério ficaram durante todo o dia nas imediações do Edifício Palácio do “SUBdesenvolvimento” (depois da renomeação), onde tomaram café da manhã, almoçaram, fizeram piquete, deram informes, fizeram análise de conjuntura, disseram palavras de 
IMG_4216_2ordem. Houve apresentação musical ao vivo para animar os servidores. Integrantes da CSP-Conlutas, bem como a deputada federal pelo PT-DF, Erika Kokay, estiveram na Sede do Incra, defenderam as reivindicações dos servidores e cobraram do governo o atendimento das mesmas.

Na SR-28 não foi diferente, pois os servidores mantiveram-se durante todo o dia em frente o prédio que abriga a Superintendência Regional para o Distrito Federal e Entorno. Mesmo com portas abertas não houve nenhuma atividade oficial da autarquia na Superintendência. Às 10h30min integrantes da direção nacional da Cnasi e da Seção Sindical do Sindsep/DF chegaram à SR-28, onde confraternizaram com os servidores e fizeram esclarecimentos quanto às negociações com o governo. O diretor da Cnasi, Joaquim Rodrigues Filho, parabenizou os servidores pelo nível de organização e participação no movimento de paralisação. Lembrou ele que em anos anteriores era necessário um trabalho de base muito intenso para convencer os servidores a paralisarem as atividades, o que hoje não é necessário, pois os profissionais estão informados e conscientes das ações que devem fazer.

Acesse na TV CNASI SERVIDORES, por meio do link abaixo, dois vídeos: 1- paralisação na sede; 2 – paralisação na SR-28.

O nível de indignação dos servidores do Incra e MDA é tão grande que muitos defendem abertamente o início imediato de uma greve geral e irrestrita, caso o governo não atenda as reivindicações das categorias. Exemplo disso é o rumo que o movimento está tomando no Maranhão, quando os servidores decidiram que irão seguir as decisões do Encontro Nacional de Entidades do Incra e MDA, a ser realizada no dia 4 de maio, pela o indicativo de greve. Essa decisão foi tomada unanimemente por cerca de 100 servidores do Incra no Maranhão que participaram ativamente da paralisação das atividades da autarquia no estado nesta segunda-feira, 28/05. Segundo a avaliação da Assincra/MA a adesão à greve será geral no Estado. Nesta segunda-feira o Maranhão parou totalmente as atividades.

O mesmo sentimento de revolta está acometendo os servidores do Incra no Amapá, que mantiveram o compromisso de realizar as paralisações às segundas-feiras, como a deste dia 28 de maio. Os servidores, escaldados com a postura reacionária do Governo Dilma quando se trata de questões ligadas à valorização do serviço público, estão nutrindo o sentimento de iniciar o movimento de greve por tempo indeterminado, considerado por eles geral e unânime. Tanto isso é verdade que a proposta do Amapá é de iniciar a greve após a provável “encenação” da SRT/MPOG. “O ambiente é pessimista porque embora esse governo se diga dos trabalhadores, ‘nunca antes na história desse país’ se viu trair tanto aCE_SAM_2115_2 insígnia que tornou conhecida a legenda do partido do governo. Se essa dedução for falsa, a que resta é a de que o Planalto não tem em conta os servidores públicos federais como legítimos trabalhadores”, afirma Geovane Grangeiro, direção Regional Norte da Cnasi.

Nesta segunda-feira, 28/05, a paralisação no Ceará foi completa e teve a participação efetiva de cerca de 80 servidores. Durante o dia de atividades, houve discursos do superintendente regional, Raimundo Cruz Pinto (Djalma), quando esclareceu sobre a situação do Incra no Estado – Djalma é servidor de carreira do Incra. Os servidores do Incra no Ceará decidiram continuar com paralisações todas as segundas-feiras e a realização em breve de audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado sobre reforma Agrária. Haverá também em breve uma palestra de motivação para arregimenta mais apoio dos servidores ao movimento de paralisação. Sobre indicativo de greve, os servidores decidiram esperar a reunião com o MPOG, dia 31/05, e o Encontro Nacional de Entidades, dia 4/05 para se posicionarem definitivamente, embora o sentimento também seja de revolta com a situação da autarquia e o ministério. Também no dia 04/05 haverá, durante a paralisação dos servidores, uma palestra da coordenação de Gestão de pessoas, da Sede em Brasília, sobre aposentadoria de servidores.

Atendendo convocação do sindicato e da Assincra/AC, pelo menos 80 servidores da Superintendência do Incra no Acre estiveram reunidos no salão social da Associação para debater sobre  os efeitos da MP nº 568/12 na aposentadoria, o Programa de Saúde Fassincra, a proposta de equiparação salarial com o MAPA e a retirada de delegado para participação nas Plenária Nacional da Condsef e o Encontro Nacional de Entidades do Incra e MDA – a serem realizadas ambos no dia 4 de maio de 2012. A reunião foi dirigida pelo presidente do sindicato local, Pedro Nazareno (servidor do Incra de carreira) que recebeu o apoio do presidente da Assincra/AC, José Maria Lopes.           Após uma análise de conjuntura, foi repassado os informes sobre o andamento da emenda à MP 568 e dado início ao debate sobre a proposta de equiparação da tabela salarial do INCRA com a tabela do MAPA. Houve ainda discussão sobre aposentadoria após julho de 2012 MG_Greve_2012_Paralizao_29_de_maio_005_2(com nova reunião para dia 30/05) e alterações na Fassincra - o sindicato fará um pacote de informações e propostas dos servidores para serem repassadas aos políticos solicitando apoios. Para finalizar, foi decido por maioria que o Incra/AC esta a favor da greve, caso não seja atendida as suas reivindicações junto ao Governo Federal.

Em Minas Geral pelo menos 50 porcento dos servidores do Incra paralisaram as atividades nesta segunda-feira. Quarenta e quatro trabalhadores da autarquia estiveram presentes na assembléia e outros 20 que não vieram trabalhar na data - índice semelhante a 2007, último ano que o movimento de paralisação esteve muito forte no Estado. Segundo a Assincra/MG pelo menos um quarto do quadro funcional da autarquia em Minas Gerais está em viagem pelo estado. Nas atividades em MG desta segunda houve informes da mobilização nacional no Incra, eleição de participantes em eventos em Brasília e BH, eleição de participante do Encontro Nacional de Entidades do Incra e MDA, eleição de representante no comando nacional de mobilização. Foram eleitos dez servidores do Incra/MG para estarem em Brasília e participarem das atividades no dia 31/05 (reunião com o MPOG), sendo que quatro servidores participarão do Encontro Nacional de Entidades do Incra e MDA, no dia 04/05.

No Rio Grande do Norte as paralisações continuam a cada segunda-feira, sendo que neste dia 28, houve uma pequena queda na quantidade de servidores que permaneceram na rua em frente à sede da SR/19. “Tirando alguns colegas que faltaram, somente DAS, terceirizados e alguns poucos servidores permaneceram nas salas. A ordem do dia ainda é ‘cruzar os braços’ enquanto for preciso”, afirma José Maria Repolho, presidente Assincra/RN. Na SR/19 os servidores decidiramRN_123-noticia ficar com as atividades paralisadas durante todo o dia 31/05, quando estarão atentos ao desenrolar dos acontecimentos na reunião do MPOG. Na segunda-feira, 04/06, a paralisação também continua durante todo o dia.

Em Petrolina (PE), onde está sediada a Superintendência Regional do Incra no Médio São Francisco, a maioria das atividades da autarquia esteve parada nesta segunda-feira, segundo a Assincra/MSF, que afirmou haver alguma resistência ao movimento, mas é minoria. Em Recife, também em Pernambuco, não houve atividades de paralisação das atividades do Incra.

31 de maio e 4 de junho

Em vez de paralisar atividade nesta segunda-feira, 28/05, muitas associações de servidores do Incra estão organizando as mobilizações e paralisações com mais intensidade nos dias 31 de maio de 2012, quando haverá reunião com o MPOG, e no dia 4 de junho de 2012, quando ocorrerá o Encontro Nacional de Entidades do Incra e MDA – ambas em Brasília.

Esse é o caso da Bahia, onde não houve paralisação nesta segunda-feira (28/05), pois a Assincra/BA havia enviado informe aos servidores direcionando as atividades para o dia 31/05, quando ficarão em vigília à espera de resultados da reunião com o MPOG. Segundo o informe, os servidores foram convidados para participarem também da reunião com um advogado que dará informes dos andamentos dos processos judiciais.

Os servidores estão esperançosos quanto à apresentação de posicionamento / contraproposta do MPOG durante a reunião do dia 31. Por outro lado, na inexistência do atendimento das reivindicações, os servidores defendem que o Encontro decida pelo indicativo de greve imediatamente.

Fonte: Ascom Cnasi

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